Sem título-2 para o site

Guilherme Rodrigues

Psicanalista

CRp 04 58243

Sem título-2 para o site

Guilherme Rodrigues

PSICANALISTA

CRP 04 / 58243

Guilherme Rodrigues

Sou psicanalista e psicólogo formado pela UFMG, trabalho em consultório com atendimento clínico de jovens e adultos através da abordagem psicanalítica. Também possuo experiência de atuação no serviço público, seja em instituições hospitalares ou no cuidado com pessoas em adoecimento mental. 

A psicoterapia é uma terapêutica cuja finalidade é tratar as questões psíquicas, tais como depressão, ansiedade, dificuldades de relacionamento, solidão, envelhecimento, fobias, inibições dentre outras dificuldades e/ou adoecimentos em saúde mental.

Por ser uma área da saúde mental, a psicoterapia é a principal linha de tratamento para qualquer assunto referente ao psiquismo. Para tal, propõem intervenções cujos objetivos centrais são sintetizados em:

Guilherme Rodrigues

Sou psicanalista e psicólogo formado pela UFMG, trabalho em consultório com atendimento clínico de jovens e adultos através da abordagem psicanalítica. Também possuo experiência de atuação no serviço público, seja em instituições hospitalares ou no cuidado com pessoas em adoecimento mental. 

A psicoterapia é uma terapêutica cuja finalidade é tratar as questões psíquicas, tais como depressão, ansiedade, dificuldades de relacionamento, solidão, envelhecimento, fobias, inibições dentre outras dificuldades e/ou adoecimentos em saúde mental.

Por ser uma área da saúde mental, a psicoterapia é a principal linha de tratamento para qualquer assunto referente ao psiquismo. Para tal, propõem intervenções cujos objetivos centrais são sintetizados em:

DEPOIMENTOS

Guilherme Rodrigues - Doctoralia.com.br

Minha

abordagem

DOCTORALIA

Guilherme Rodrigues - Doctoralia.com.br

DEPOIMENTOS

indira almeidaindira almeida
15:22 25 Aug 22
Excelente profissional, tem um domínio amplo da prática clínica.
Angelo MartinsAngelo Martins
22:10 18 Jul 22
Excelente profissional
Mariana AmericanoMariana Americano
18:49 11 Jul 22
Me senti acolhida e achei as pontuações muito boas durante as consultas, que te deixa pensando, tem me ajudado muito.
CaioCaio
02:10 09 Jul 22
Excelente profissional, super atencioso. Me fez perder alguns receios que tinha com terapia. Sou muito grato e indico
Marina MargottiMarina Margotti
17:51 07 Jul 22
Ótimo profissional! Indico de olhos fechados, muito comprometido e experiente
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Minha

Abordagem

A psicanálise é um tratamento para os sofrimentos e as dores dos relacionamentos, do amor, do trabalho, da família, traumas etc. Ela tem por primazia a escuta do inconsciente, isto é, a escuta de fenômenos que impactam nas escolhas que fizemos/fazemos na vida sem que possamos dar conta disso. A análise nos permite falar em nome próprio, fornece condições de nos conhecermos melhor e, através disso, nos localizarmos em nossas escolhas. Quando nos conhecemos, agimos menos invadidos pelas nossas próprias expectativas e as alheias. Frequentemente viver dói e o efeito dessas dores manifestam-se no corpo como, por exemplo, ansiedades, tristezas ou desânimos, medos e indecisões. 

Nesse sentido, fazer a escuta do inconsciente é uma forma de adentrar a esse desconhecido, esse estrangeiro, estranho, esse elemento não observado que guia nossas escolhas e nos coloca a repetir hábitos, atitudes e comportamentos que nos fazem sofrer. Esse não sabido que repete todo tipo de escolhas que frequentemente leva aos infortúnios e aos prejuízos, as sucessões de parcerias amorosas, os múltiplos tipos de compulsões, enfim, tudo aquilo que nos coloca a repetir situações fracassadas já (des)conhecidas previamente. São esses pontos que a psicanálise, mais especificamente a lacaniana, tem por objetivo trazer a luz com vistas a poder nomeá-los, escuta-los e com isso construir algo de novo, de mais próprio, tendo consciência de como somos agidos por essas instancias que nos atravessam. O saldo dessa travessia é ter mais liberdade em relação as nossas escolhas, propósitos e desejos.

Minha

Abordagem

A psicanálise é um tratamento para os sofrimentos e as dores dos relacionamentos, do amor, do trabalho, da família, traumas etc. Ela tem por primazia a escuta do inconsciente, isto é, a escuta de fenômenos que impactam nas escolhas que fizemos/fazemos na vida sem que possamos dar conta disso. A análise nos permite falar em nome próprio, fornece condições de nos conhecermos melhor e, através disso, nos localizarmos em nossas escolhas. Quando nos conhecemos, agimos menos invadidos pelas nossas próprias expectativas e as alheias. Frequentemente viver dói e o efeito dessas dores manifestam-se no corpo como, por exemplo, ansiedades, tristezas ou desânimos, medos e indecisões. 

Nesse sentido, fazer a escuta do inconsciente é uma forma de adentrar a esse desconhecido, esse estrangeiro, estranho, esse elemento não observado que guia nossas escolhas e nos coloca a repetir hábitos, atitudes e comportamentos que nos fazem sofrer. Esse não sabido que repete todo tipo de escolhas que frequentemente leva aos infortúnios e aos prejuízos, as sucessões de parcerias amorosas, os múltiplos tipos de compulsões, enfim, tudo aquilo que nos coloca a repetir situações fracassadas já (des)conhecidas previamente. São esses pontos que a psicanálise, mais especificamente a lacaniana, tem por objetivo trazer a luz com vistas a poder nomeá-los, escuta-los e com isso construir algo de novo, de mais próprio, tendo consciência de como somos agidos por essas instancias que nos atravessam. O saldo dessa travessia é ter mais liberdade em relação as nossas escolhas, propósitos e desejos.

CONSULTÓRIO

perguntas

frequentes

De modo simplificado, esses três termos se cruzam sem, no entanto, se confundirem, mantendo, cada qual, suas especificidades. Eles se cruzam no ponto do efeito terapêutico visado por cada um. No que tange à psicanálise e à psicologia, tratam-se de psicoterapias (terapias psicológicas) que têm por objetivo tratar os sintomas que afetam diretamente a saúde mental. Ainda que se aproximem no sentido psicoterápico do termo, elas mantêm entre si uma distância quanto ao método e a escuta. Isso porque, a psicanálise, diferente do campo da psicologia, leva em conta a escuta do inconsciente como é esclarecido nas questões abaixo.. Assim, ela não se orienta apenas para as questões que dizem respeito ao Eu, à identidade e à unidade do sujeito, mas também para tudo aquilo que resta dessa operação, aquilo que age ao nosso revés sem que possamos saber, e que nos leva a fazer escolhas nas quais não nos reconhecemos. Do outro lado, temos a psicologia, compreendida coma uma teoria guarda-chuva que aglutina em seu perímetro uma dezena de abordagens teóricas das quais a psicanálise mantém-se a distância justamente por atuar a partir das produções do inconsciente. A psiquiatria, por sua vez, é uma especialização do campo médico que cuida da prescrição medicamentosa com base nos aspectos de regulação químico-cerebral acarretados por alguns distúrbios psicopatológicos. Isso não impede que a psiquiatra, com base em sua trajetória de formação, possa também se servir da escuta psicoterápica como a psicanalítica, por exemplo, para orientar sua conduta.

A psicanálise consiste em um campo de investigação clínico e teórico, inventado por Sigmund Freud no início do século XX, cuja operação tem por primazia o inconsciente. No sentido clínico, a terapia analítica se ocupa da gênese dos sintomas de uma determinada doença ou condição patológica que leva em conta o contexto psíquico do sujeito em questão. Para esse fim, ela se preocupa com a origem, a força e a importância dos sintomas no modo pelo qual os sujeitos se apresentam no laço com o outro. De modo distinto de outras vertentes de tratamento psicoterápico, atinentes ao arcabouço da Psicologia, a psicanálise não visa introduzir algo novo, operar por sugestões ou mesmo inscrever o sujeito na ortopedia das expectativas sociais que o constrange, ela visa, antes, extrair, retirar o excesso produzido pela linguagem do mesmo modo que, metaforicamente, podemos reconhecer no processo de produção de uma escultura, ou seja, ela apenas ganha vida pela extração do montante de pedra necessário para a revelação da superfície de uma estátua que previamente já estava contida nela. É por esse motivo que a técnica analítica se faz guiar pela origem do sintoma no que ele tem de mais singular e de estruturante para um sujeito, operando ao modo como uma cebola pode ser descascada, por camada.

A psicanálise se apresenta como campo que tem por primazia a escuta dos elementos do inconsciente. Desse modo, tudo aquilo que não se orienta por essa escuta pode ser classificado como não filiado à psicanálise, em seu rigor epistêmico. É muito comum, nos dias de hoje, encontrarmos o que Freud, em um texto chamado “Tratamento psíquico”, já identificava na virada do século passado. Trata-se de procedimentos que visam a cura e que não operam a partir de um vasto campo previamente constituído. Ele nomeia esses procedimentos como “tratamentos da moda” com seus “médicos da moda”, recomendados por uma preferência popular. Com isso, o autor visa nos alertar para o constante surgimento de tratamentos cujo suposto efeito de cura extrapolam o próprio campo de atuação do responsável por tal efeito. Do mesmo modo que a suposta cura se instala, quase que milagrosamente, ela se esvai, se gasta com muita rapidez. Com isso poderíamos, nos dias de hoje, apontar algumas dessas tendências como o Coach, por exemplo, ou mesmo todo tipo de terapia que não é inscrito em uma teoria como forte lastro epistemológico e científico. Desse modo, fica patente tudo aquilo do qual a psicanálise se diferencia, tanto em sua prática clínica, quanto em seu rigor teórico. Podemos acrescentar, ainda, que na psicanálise o outro ao qual o psicanalista se dirige, seu paciente ou analisante, não é tomado por uma via compreensivista ou do entendimento, que pressuporia um conhecimento de antemão daquele que nos chega, de suas questões, mas, ao contrário, pela dessuposição de que qualquer saber seja constituído até o exato momento em que o analisante, isto é, o paciente, abre sua boca e se põe a falar, associar.

Em um texto de 1926, Freud nos diz que o sintoma é como um corpo estranho incrustado num tecido no qual produz estímulos e reações. Desse modo, uma vez instalado, o sintoma nada mais seria do que uma adaptação do mundo interior do sujeito, alheio ao Eu, que opera a partir de seu valor de afirmação de si na medida em que cada vez mais entrelaça-se com o Eu, tornando-se indistinguível deste. Assim, o sintoma passa a operar como um catalisador das relações do sujeito, sendo agenciado do lugar da repetição dos mesmos fenômenos ao longo de sua vida. Nesse ponto, podemos citar alguns exemplos como a sucessão de parcerias amorosas fracassadas, todo tipo de escolha que frequentemente leva aos infortúnios e aos prejuízos, as compulsões de todas as categorias, enfim, tudo aquilo que leva o sujeito a repetir situações fracassadas já conhecidas previamente. Dizemos que um sintoma só se torna uma questão de análise quando ele deixa de operar conforme uma modalidade muito específica, isto é, aquela em que, na mesma medida em que traz danos ao sujeito, também carrega efeitos compensatórios que lhe permite gozar da faceta “benéfica” desse sintoma. Assim, o sintoma informa o modo como somos agidos pelo inconsciente, sem poder reconhecer, nessa instância que aglutina o que não queremos saber sobre nós mesmos, tudo aquilo que destoa da identidade como gostamos de afirma-la, de nosso nome próprio.

Jacques Lacan, o psicanalista francês herdeiro de Freud, nos diz em uma conferência de 1953 que existe um impasse nos sujeitos contemporâneos que ele nomeia de “bela alma”. Isso porque esses sujeitos não reconhecem em seu ser a própria razão da desordem que eles denunciam no mundo a sua volta. Diante desse impasse, uma saída frequente é a filiação muito bem articulada entre esse sujeito e o discurso da civilização e da ciência, de modo que passam a não precisarem se implicar, se haver, com suas questões em primeira pessoa, mas apenas de um lugar em que seu próprio ser não precisa aparecer. Isso lhe permite esquecer de sua subjetividade. Assim, seu tempo, sua vida cotidiana, seu lazer, passam a serem executados de modo a corroborar com esse discurso da obra comum da civilização e da cultura, das conferências educativas e das ortopedias de grupo. Como efeito colhemos um certo amortecimento e um desconhecimento do sentido particular do sujeito em relação à sua vida, isto é, se serve desses meios como forma de esquecer sobre sua vida e sobre sua morte. Portanto, o fundamento da experiência analítica toca na questão que concerne ao íntimo de cada um, no modo como cada um é agenciado por seu sintoma na relação que, a partir disso, pode estabelecer com o outro, com vias a uma desalienação parcial das determinações advinda do outro e capazes de produzir o efeito “bela alma”.

Em um texto chamado “A terapia analítica”, Freud explica que o trabalho de uma análise, grosso modo, visa produzir na relação transferencial, de modo artificial, novas reedições de velhos conflitos do sujeito, de modo que ele se comporte como o fez no passado. Isso porque, na relação com os outros, repetimos comportamentos já cristalizados aos quais desconhecemos a origem, a operação e a função. É na medida em que um sujeito repete isso de modo transferencial, tendo em vista que não há outra forma de se relacionar com o outro senão pelo modo próprio que cada um carrega, que cada um herda, que o analista pode intervir escalonando os elementos libidinais em jogo em tal conflito, produzindo uma porção de saber em relação às decisões, frustradas ou não. O analista pode, enfim, na medida em que é tomado como o outro do analisante, isto é, do paciente, revelar as condições que produzem as reiteradas cenas do qual o segundo é cativo.

O paciente deve relatar tudo aquilo que lhe passa em sua mente. Freud, em um texto de 1913, faz uma metáfora com um viajante sentado à janela do trem que vai descrevendo a paisagem a uma outra pessoa na medida em que o tempo passa, descrevendo as mudanças de seu cenário enquanto ele se altera diante de seus olhos. O autor ainda nos alerta para o fato de que é necessário sinceridade plena, que seja descrito todos os fatos, inclusive aqueles em que se supõe ser de segunda ordem ou de motivo desagradável. Num outro momento, Lacan em seu Seminário 18 de 1971, associa a falação do analisante a uma caixa de Pandora de onde saem todos os dons da linguagem ao passo que o sujeito tagarela, combina coisas, fala, enfim, associa.

A duração do tratamento pode variar conforme o sujeito, o sintoma e a resistência. Como nos diz Freud em “Sobre o início do tratamento”, é comum que as pessoas, mesmo aquelas mais sensatas, exijam rapidez no que concerne ao tratamento analítico. Fazendo uma alusão metafórica, ele nos diz que não se espera levantar uma mesa pesada com alguns dedos ou mesmo construir uma casa na mesma quantidade de tempo e esforço em que se constrói uma cabana. Mas de modo contrário, quando se trata das neuroses, espera-se agilidade esquecendo-se da “proporcionalidade necessária entre tempo, trabalho e resultado”. Assim, o tempo de um tratamento diz muito mais respeito à passada do andarilho e, na medida em que se conhece essa passada, pode-se calcular a duração de sua caminhada. Retira-se disso o fato de que nem todo sujeito produz em análise da mesma forma, alguns avançam com menor dificuldade, passando por momentos de maior resistência, e outros com alguns impasses.

Sim. Para aqueles que residem fora de Belo Horizonte, o on-line é uma possibilidade considerada. No entanto, com alguns requisitos. É preciso que o paciente se comprometa com a escolha de um ambiente silencioso e que garanta privacidade ao falar, livre de qualquer tipo de interrupção. Também é importante um sinal de internet adequado para as ligações em vídeo-chamada, que forneça boa qualidade para a escuta da fala. Cumprindo tais requisitos, o online torna-se uma opção.

Não ofereço consultas através de planos de saúde. No entanto, caso seja de interesse do paciente, as notas fiscais podem ser utilizadas a fim de reembolso junto ao convênio.

A primeira consulta custa R$ 190,00*. 

*Se esse preço não condiz com sua realidade socioeconômica, converse comigo e buscaremos juntos uma solução possível para o pagamento das demais sessões.

CONSULTÓRIO

perguntas

frequentes

De modo simplificado, esses três termos se cruzam sem, no entanto, se confundirem, mantendo, cada qual, suas especificidades. Eles se cruzam no ponto do efeito terapêutico visado por cada um. No que tange à psicanálise e à psicologia, tratam-se de psicoterapias (terapias psicológicas) que têm por objetivo tratar os sintomas que afetam diretamente a saúde mental. Ainda que se aproximem no sentido psicoterápico do termo, elas mantêm entre si uma distância quanto ao método e a escuta. Isso porque, a psicanálise, diferente do campo da psicologia, leva em conta a escuta do inconsciente como é esclarecido nas questões abaixo.. Assim, ela não se orienta apenas para as questões que dizem respeito ao Eu, à identidade e à unidade do sujeito, mas também para tudo aquilo que resta dessa operação, aquilo que age ao nosso revés sem que possamos saber, e que nos leva a fazer escolhas nas quais não nos reconhecemos. Do outro lado, temos a psicologia, compreendida coma uma teoria guarda-chuva que aglutina em seu perímetro uma dezena de abordagens teóricas das quais a psicanálise mantém-se a distância justamente por atuar a partir das produções do inconsciente. A psiquiatria, por sua vez, é uma especialização do campo médico que cuida da prescrição medicamentosa com base nos aspectos de regulação químico-cerebral acarretados por alguns distúrbios psicopatológicos. Isso não impede que a psiquiatra, com base em sua trajetória de formação, possa também se servir da escuta psicoterápica como a psicanalítica, por exemplo, para orientar sua conduta.

A psicanálise consiste em um campo de investigação clínico e teórico, inventado por Sigmund Freud no início do século XX, cuja operação tem por primazia o inconsciente. No sentido clínico, a terapia analítica se ocupa da gênese dos sintomas de uma determinada doença ou condição patológica que leva em conta o contexto psíquico do sujeito em questão. Para esse fim, ela se preocupa com a origem, a força e a importância dos sintomas no modo pelo qual os sujeitos se apresentam no laço com o outro. De modo distinto de outras vertentes de tratamento psicoterápico, atinentes ao arcabouço da Psicologia, a psicanálise não visa introduzir algo novo, operar por sugestões ou mesmo inscrever o sujeito na ortopedia das expectativas sociais que o constrange, ela visa, antes, extrair, retirar o excesso produzido pela linguagem do mesmo modo que, metaforicamente, podemos reconhecer no processo de produção de uma escultura, ou seja, ela apenas ganha vida pela extração do montante de pedra necessário para a revelação da superfície de uma estátua que previamente já estava contida nela. É por esse motivo que a técnica analítica se faz guiar pela origem do sintoma no que ele tem de mais singular e de estruturante para um sujeito, operando ao modo como uma cebola pode ser descascada, por camada.

A psicanálise se apresenta como campo que tem por primazia a escuta dos elementos do inconsciente. Desse modo, tudo aquilo que não se orienta por essa escuta pode ser classificado como não filiado à psicanálise, em seu rigor epistêmico. É muito comum, nos dias de hoje, encontrarmos o que Freud, em um texto chamado “Tratamento psíquico”, já identificava na virada do século passado. Trata-se de procedimentos que visam a cura e que não operam a partir de um vasto campo previamente constituído. Ele nomeia esses procedimentos como “tratamentos da moda” com seus “médicos da moda”, recomendados por uma preferência popular. Com isso, o autor visa nos alertar para o constante surgimento de tratamentos cujo suposto efeito de cura extrapolam o próprio campo de atuação do responsável por tal efeito. Do mesmo modo que a suposta cura se instala, quase que milagrosamente, ela se esvai, se gasta com muita rapidez. Com isso poderíamos, nos dias de hoje, apontar algumas dessas tendências como o Coach, por exemplo, ou mesmo todo tipo de terapia que não é inscrito em uma teoria como forte lastro epistemológico e científico. Desse modo, fica patente tudo aquilo do qual a psicanálise se diferencia, tanto em sua prática clínica, quanto em seu rigor teórico. Podemos acrescentar, ainda, que na psicanálise o outro ao qual o psicanalista se dirige, seu paciente ou analisante, não é tomado por uma via compreensivista ou do entendimento, que pressuporia um conhecimento de antemão daquele que nos chega, de suas questões, mas, ao contrário, pela dessuposição de que qualquer saber seja constituído até o exato momento em que o analisante, isto é, o paciente, abre sua boca e se põe a falar, associar.

Em um texto de 1926, Freud nos diz que o sintoma é como um corpo estranho incrustado num tecido no qual produz estímulos e reações. Desse modo, uma vez instalado, o sintoma nada mais seria do que uma adaptação do mundo interior do sujeito, alheio ao Eu, que opera a partir de seu valor de afirmação de si na medida em que cada vez mais entrelaça-se com o Eu, tornando-se indistinguível deste. Assim, o sintoma passa a operar como um catalisador das relações do sujeito, sendo agenciado do lugar da repetição dos mesmos fenômenos ao longo de sua vida. Nesse ponto, podemos citar alguns exemplos como a sucessão de parcerias amorosas fracassadas, todo tipo de escolha que frequentemente leva aos infortúnios e aos prejuízos, as compulsões de todas as categorias, enfim, tudo aquilo que leva o sujeito a repetir situações fracassadas já conhecidas previamente. Dizemos que um sintoma só se torna uma questão de análise quando ele deixa de operar conforme uma modalidade muito específica, isto é, aquela em que, na mesma medida em que traz danos ao sujeito, também carrega efeitos compensatórios que lhe permite gozar da faceta “benéfica” desse sintoma. Assim, o sintoma informa o modo como somos agidos pelo inconsciente, sem poder reconhecer, nessa instância que aglutina o que não queremos saber sobre nós mesmos, tudo aquilo que destoa da identidade como gostamos de afirma-la, de nosso nome próprio.

Jacques Lacan, o psicanalista francês herdeiro de Freud, nos diz em uma conferência de 1953 que existe um impasse nos sujeitos contemporâneos que ele nomeia de “bela alma”. Isso porque esses sujeitos não reconhecem em seu ser a própria razão da desordem que eles denunciam no mundo a sua volta. Diante desse impasse, uma saída frequente é a filiação muito bem articulada entre esse sujeito e o discurso da civilização e da ciência, de modo que passam a não precisarem se implicar, se haver, com suas questões em primeira pessoa, mas apenas de um lugar em que seu próprio ser não precisa aparecer. Isso lhe permite esquecer de sua subjetividade. Assim, seu tempo, sua vida cotidiana, seu lazer, passam a serem executados de modo a corroborar com esse discurso da obra comum da civilização e da cultura, das conferências educativas e das ortopedias de grupo. Como efeito colhemos um certo amortecimento e um desconhecimento do sentido particular do sujeito em relação à sua vida, isto é, se serve desses meios como forma de esquecer sobre sua vida e sobre sua morte. Portanto, o fundamento da experiência analítica toca na questão que concerne ao íntimo de cada um, no modo como cada um é agenciado por seu sintoma na relação que, a partir disso, pode estabelecer com o outro, com vias a uma desalienação parcial das determinações advinda do outro e capazes de produzir o efeito “bela alma”.

Em um texto chamado “A terapia analítica”, Freud explica que o trabalho de uma análise, grosso modo, visa produzir na relação transferencial, de modo artificial, novas reedições de velhos conflitos do sujeito, de modo que ele se comporte como o fez no passado. Isso porque, na relação com os outros, repetimos comportamentos já cristalizados aos quais desconhecemos a origem, a operação e a função. É na medida em que um sujeito repete isso de modo transferencial, tendo em vista que não há outra forma de se relacionar com o outro senão pelo modo próprio que cada um carrega, que cada um herda, que o analista pode intervir escalonando os elementos libidinais em jogo em tal conflito, produzindo uma porção de saber em relação às decisões, frustradas ou não. O analista pode, enfim, na medida em que é tomado como o outro do analisante, revelar as condições que produzem as reiteradas cenas do qual o segundo é cativo.

O paciente deve relatar tudo aquilo que lhe passa em sua mente. Freud, em um texto de 1913, faz uma metáfora com um viajante sentado à janela do trem que vai descrevendo a paisagem a uma outra pessoa na medida em que o tempo passa, descrevendo as mudanças de seu cenário enquanto ele se altera diante de seus olhos. O autor ainda nos alerta para o fato de que é necessário sinceridade plena, que seja descrito todos os fatos, inclusive aqueles em que se supõe ser de segunda ordem ou de motivo desagradável. Num outro momento, Lacan em seu Seminário 18 de 1971, associa a falação do analisante a uma caixa de Pandora de onde saem todos os dons da linguagem ao passo que o sujeito tagarela, combina coisas, fala, enfim, associa.

A duração do tratamento pode variar conforme o sujeito, o sintoma e a resistência. Como nos diz Freud em “Sobre o início do tratamento”, é comum que as pessoas, mesmo aquelas mais sensatas, exijam rapidez no que concerne ao tratamento analítico. Fazendo uma alusão metafórica, ele nos diz que não se espera levantar uma mesa pesada com alguns dedos ou mesmo construir uma casa na mesma quantidade de tempo e esforço em que se constrói uma cabana. Mas de modo contrário, quando se trata das neuroses, espera-se agilidade esquecendo-se da “proporcionalidade necessária entre tempo, trabalho e resultado”. Assim, o tempo de um tratamento diz muito mais respeito à passada do andarilho e, na medida em que se conhece essa passada, pode-se calcular a duração de sua caminhada. Retira-se disso o fato de que nem todo sujeito produz em análise da mesma forma, alguns avançam com menor dificuldade, passando por momentos de maior resistência, e outros com alguns impasses.

Sim. Para aqueles que residem fora de Belo Horizonte, o on-line é uma possibilidade considerada. No entanto, com alguns requisitos. É preciso que o paciente se comprometa com a escolha de um ambiente silencioso e que garanta privacidade ao falar, livre de qualquer tipo de interrupção. Também é importante um sinal de internet adequado para as ligações em vídeo-chamada, que forneça boa qualidade para a escuta da fala. Cumprindo tais requisitos, o online torna-se uma opção.

Não ofereço consultas através de planos de saúde. No entanto, caso seja de interesse do paciente, as notas fiscais podem ser utilizadas a fim de reembolso junto ao convênio. 

A primeira consulta custa R$ 190,00*.

*Se esse preço não condiz com sua realidade socioeconômica, converse comigo e buscaremos juntos uma solução possível para o pagamento das demais sessões.

FORMAÇÃO

Graduado em Psicologia com ênfase Clínica pela Universidade Federal de Minas Gerais e formação complementar em Etnologia Ameríndia e Estudos Decoloniais no Dep. de Antropologia e Arqueologia da mesma instituição.

Mestrando em Psicanálise e Cultura pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Pesquisador do Núcleo de Pesquisa Psicanálise e Laço Social no Contemporâneo (PSILACS), do Departamento de Psicologia da UFMG.

ATUAÇÃO

Atendimento clínico psicanalítico de adolescentes e adultos em consultório próprio.

Psicólogo na Rede de Urgência e Emergência (CERSAM/CAPS) da Prefeitura de Belo Horizonte.

CRP 04 / 58243

Capítulos de livros Publicados

O humanismo universalista da estrutura: aportes totemistas e perspectivistas (Em: A psicanálise em elipse decolonial / 1ª edição. São Paulo: N-1 Edições, 2021.)

“Presente”: tempos de sonhar (Em: Sonhos confinados : O que sonham os brasileiros em tempos de pandemia / 1ª edição. Belo Horizonte: Autêntica; 2021.)

Reflexões sobre psicanálise a partir da epistemologia de Paul Karl Feyerabend (Em: Estudos psicanalíticos : método, epistemologia e cultura. / 1ª edição. São Paulo: Zagodoni, 2021.)

Sonhos confinados (Em: Quatro cinco um : a revista dos livros / Ano 4, nº 33. Belo Horizonte: F451; 2020.)

A posição feminina e o seu (não) envolvimento com a criminalidade: o caso de Lilith (Em: Trajetórias Adolescentes : contribuições da psicanálise e sociologia / 1ª edição. Curitiba: CRV, 2020.)

FORMAÇÃO

Graduado em Psicologia com ênfase Clínica pela Universidade Federal de Minas Gerais e formação complementar em Etnologia Ameríndia e Estudos Decoloniais no Dep. de Antropologia e Arqueologia da mesma instituição.

Mestrando em Psicanálise e Cultura pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Pesquisador do Núcleo de Pesquisa Psicanálise e Laço Social no Contemporâneo (PSILACS), do Departamento de Psicologia da UFMG.

ATUAÇÃO

Atendimento clínico psicanalítico de adolescentes e adultos em consultório próprio.

Psicólogo na Rede de Urgência e Emergência (CERSAM/CAPS) da Prefeitura de Belo Horizonte.

CRP  04  / 58243

publicações

Endereço

Rua da Bahia, 1900, Lourdes, sala 1505
Belo Horizonte
(31) 97363-2148

Horário de atendimento:
Segunda à Sexta – 8:00 às 19:00

OBS: As consultas precisam ser previamente agendadas.

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